Após três dias indo e voltando do pronto-socorro infantil particular, sendo atendido cada dia por um médico diferente e com diagnóstico equivocado de virose, finalmente no terceiro dia quando o meu filho Daniell já estava bem debilitado (desidratado, vomitando, febril, .) e nós sem saber o que fazer, Deus colocou a mão sobre os profissionais do PS. que após vários outros exames que não deram em nada solicitou um hemograma completo. Receber o diagnóstico de que seu filho tem diabetes aos 18 meses de idade, o que eu não tinha a mínima ideia que era uma doença que acometia crianças tão pequeninas e que precisaria interná-lo imediatamente com glicemia de 326 mg/dl. FOI ASSUSTADOR! Ficamos por 11 dias com ele internado na UTI infantil, onde graças a Deus tivemos anjos maravilhosos e muito profissionais entre médicos, enfermeiras, copeiras, que nos deram toda a tranquilidade necessária para lidar com essa nova fase das nossas vidas. Vidas essas que virou de ponta cabeça quando voltamos para casa com o nosso filho e a bagagem cheia de responsabilidades desconhecidas, choros, alimentação especial, choros, horários de medicamentos com várias aplicações de injeção / ponta de dedos, choros, medos, choros, aceitação, choros, frustrações, choros, exaustão, choros, …, mas acima de tudo a certeza que não estávamos sozinhos. Na busca necessária de uma endocrinologista/pediatra, mais uma vez Deus nos colocou a melhor em nosso caminho. Dra. Mônica uma profissional incrível, uma pessoa generosa de um coração enorme, nos recebeu de braços abertos, nos ensina muito sobre tudo que ainda temos dúvidas, nos adotou como seus filhos e até hoje é o nosso porto seguro. No início estudei muito sobre DM1 (Diabetes Mellitus 1) já que não tinha nenhum conhecimento da doença e suas consequências em crianças. Tive pressa em entender sobretudo para ensinar o meu filho da maneira mais fácil possível. E o mais importante que nunca perdemos a fé em Deus, que nos fortaleceu nos momentos em que mais estávamos enfraquecidos. Hoje o Daniell tem 16 anos é bem consciente da DM1, disciplinado, sabe que se respeitar as suas condições e dar continuidade ao seu tratamento como uma coisa natural, terá uma vida normal. Ele é muito tranquilo e ensinamos a não ter vergonha de fazer seus destros e aplicação de insulina quando tem pessoas desconhecidas por perto. Fico feliz quando posso ajudar com o que aprendi ao longo desse tempo, mães e familiares que estão passando por essa aflição, essa dor comum a todos. Muitas vezes basta uma palavra de apoio, de confiança, de carinho, um abraço… suficiente para dar confiança e o folego necessário para continuar. Algumas vezes quando posso, ajudo doando insumos e/ou medicamentos. Me chamo Mônica tenho 52 anos sou casada, tenho dois filhos o Daniell com 16 anos DM1 e Julya 12 anos.
Gostaria de agradecer a Thays pelo convite para dar esse depoimento. Deus nos confiou os seus filhos porque tinha a certeza que seriamos capazes de cuidar! Gratidão! Beijos!
Monica Panicci